O QUE É TEORIA FUNCIONALISTA?
Crime é a conduta inconformista que contraria a lei. Faz-se uma distinção entre a criminologia, que se concentra em estudar o crime para ajudar a preveni-lo, e a sociologia do desvio, que adota uma postura muito mais ampla.
Os indivíduos observam, violam e criam regras, e aqueles que transgridem normas sociais amplamente aceitas podem estar observando as regras de uma subcultura desviante.
O estudo do desvio sempre é o estudo do poder, propondo as perguntas: de quem são as regras que estão sendo violadas e quem tem o poder de manter essas regras?
As primeiras abordagens sociológicas do crime consideradas baseiam-se na noção de Durkheim de anomia. Esse conceito significa a ausência ou a incapacidade das regras, socialmente construídas, de organizar a sociedade.
As sociedades modernas se caracterizam pela liberdade e escolha individuais, criando inevitavelmente casos de inconformidade. Esses casos têm funções adaptativas e de manutenção de limites.
Essas ideias foram desenvolvidas pelo funcionalismo norte-americano nas décadas de 1940 e 1950, principalmente por Robert Merton.
O trabalho de Merton destaca que o comportamento criminoso surge em meio à aceitação de objetivos socialmente aceitos e à distribuição desigual de oportunidades legítimas para alcançá-los. Explicações apontam para a formação de subculturas delinquentes entre aqueles que são excluídos do sucesso na sociedade vigente. Ou seja, a sociedade distribui papeis sociais a serem seguidos. Por vezes essa distribuição é desigual ou incompatível com as características dos indivíduos, gerando conflitos.
Alguns teóricos argumentam que alguns limites mudaram tanto que níveis de crime que chegavam a perturbar a ordem social, particularmente crimes violentos, hoje foram normalizados. Para o funcionalismo, crime é aquilo que se fere a lei, socialmente construída. A lei, em si, é o que se espera do indivíduo. Se ele a descumpre, esse evento deve-se, basicamente a duas coisas: a falha da lei, ou a falta dela.
O QUE É A TEORIA DO CONFLITO?
A Teoria do Conflito entende que a civilização é constituída por dois grupos principais que lutam pelo uso dos recursos terrestres limitados. Karl Marx foi criador desta teoria, e ele cria que existiam duas classes de pessoas: os burgueses e a classe operária.
Segundo Marx, a elite burguesa ou classe alta exerce o poder financeiro que lhe dá acesso aos recursos necessários para a produção desejada. À classe operária, por outro lado, pertencem aqueles que não possuem condições financeiras suficientes para acessar tais recursos e precisam vender trabalho físico para se manter em favor dos produtos e interesses da elite. A classe operária, então, se torna dependente financeiramente da elite e precisam continuar trabalhando para sobreviver.
A Teoria do Conflito acredita que a classe operária e a classe burguesa precisam estar em equilíbrio para que não haja criminalidade. Para controlar o crime, novas leis são criadas pela elite para continuar mantendo o bem-estar comum e o seu controle sobre a classe operária.
Crimes do Colarinho-branco – Os criminosos do colarinho-branco cometem a maioria dos crimes não-violentos: fraudes, subornos e corrupção em geral. A classe operária comete crimes como o roubo, assassinato e assalto. Aqueles que apoiam esta teoria dizem que isto não é uma regra infalível, e que existe exceções.
Disponível em: http://www.hugentoblers.com/2011/01/o-que-e-teoria-do-conflito.html
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