TRABALHO E SOCIEDADE

Trabalho e sociedade

O termo trabalho deriva do latim tripalium, uma ferramenta usada para imobilizar cavalos e bois para serem ferrados. Era também o nome de um instrumento de tortura. A função social do trabalho, por sua vez assume diferentes significados para as diferentes sociedades ao longo da história.

As relações de produção ou modos de produção variam de acordo com a cultura de um povo ou o período histórico em que vive. Dadas as transformações sociais e tecnológicas enfrentadas por cada grupo social.

Assim, os modos de produção se modificaram com o passar do tempo. É esse desenvolvimento o responsável pelo surgimento de alguns dos principais modos de produção.

No box abaixo é possível perceber os modos de produção pré-capitalistas. Modelos que antecederam o capitalismo como modo hegemônico de organização social e econômica.

 

MODO DE PRODUÇÃO COMUNAL OU PRIMITIVO	Ao se fixarem em determinados territórios surge a necessidade de cultivar a terra. Não existindo a ideia de propriedade privada, os indivíduos compartilham os elementos produzidos em uma sociedade comunal. As relações de produção eram relações de cooperação. A propriedade era coletiva.
MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA	Na sociedade escravista, os meios de produção e os escravos pertenciam a um senhor. Um pequeno número de senhores explorava a grande massa de escravos que não possuíam direito algum. As sociedades gregas e romanas da Antiguidade clássica são importantes exemplos de sociedades escravistas.
MODO ASIÁTICO DE PRODUÇÃO	No modelo asiático de produção a propriedade dos meios de produção e a força de trabalho pertenciam ao Estado, encarnado no Imperador.
MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL	Baseava-se na relação entre o Senhor Feudal e o servo. Diferentemente do modelo escravista, o servo detinha alguns direitos, tais como cultivar um pedaço de terra cedido pelo senhor, embora não a pudesse comprar ou vender. Precisaria também, cultivar a terra do Senhor, sem nada receber, e pagar impostos e tributos pelos seus ganhos. Esse modelo vigorou na Europa desde o Século V até o Século XVI, em alguns casos, prolongou-se até o Século XIX.

 

O modo de produção capitalista

 

A característica central do modo de produção capitalista está nas relações assalariadas de produção. Nesse modelo a burguesia possui os meios de produção e o trabalhador, a força de trabalho. Esse sistema está baseado no desejo de lucro. Assim, todas as relações de produção se organizam no sentido de gerar riquezas.

Desde suas origens, no final da Idade Média, o capitalismo passou por diferentes fases, são elas:

 

– Pré-capitalista – predomínio do trabalho servil;

– Capitalismo comercial ou mercantil – expande-se o regime assalariado, as riquezas estão nas mãos dos comerciantes;

– Capitalismo industrial – com a Rev. Industrial o trabalho assalariado firma-se definitivamente

– Capitalismo financeiro – os bancos e instituições financeiras passam a controlar as atividades econômicas;

– Capitalismo pós-industrial – caracterizado pelos avanços tecnológicos e pela globalização.

 

Diante dos avanços vividos na esfera do trabalho, os Estados Modernos começam a se organizar no sentido de conferir a ele um valor essencial na vida em sociedade. Surgem doutrinas econômicas e políticas que buscam organizar a sociedade para extrair do trabalho todo o seu potencial.

É nesse contexto que a filosofia do Liberalismo se expande, assim como a contestação do modelo capitalista. O Socialismo como modelo de Estado, para organizar a sociedade e o mundo do trabalho, surge forte na Europa.

O modelo Socialista busca organizar a sociedade no sentido de dar ao Estado a posse dos meios de produção e garantir a divisão igualitária das riquezas socialmente produzidas. Esses ideais vão nortear revoluções, como a Revolução Russa de 1917.